Alguns depoimentos

Novo Eu

Muitos comentários maldosos estão baseados na concepção de que estar de acordo com o padrão de beleza exige que a pessoa se embranqueça, tenha cabelos lisos, seja jovem e sempre magra.

Isso quer dizer que as questões ligadas à beleza também estão ligadas a fatores mais profundos como a tensão racial.

 

Para te mostrar o quanto ainda precisamos avançar neste quesito, selecionamos alguns comentários das meninas com quem conversamos:

“As pessoas tendem a dizer que “estamos lindas com nossos cabelos naturais”. Eu vejo sinceridade em muitas, mas medo de se passarem por racistas de outras. Não sofri preconceito, mas vejo que nem todos os olhares são realmente de aprovação”. Thaís Sant’anna, 32 anos, professora

“Sempre sofri racismo […]. Mas depois de que assumi o crespo incentivei muita gente também. Isso equilibra” Evy O. 27 anos, professora

 

“Gente para desmerecer os nossos esforços de nos tornarmos mais felizes existem aos montes. Muita gente não calcula os impactos que as palavras podem ter antes de proferí-las. Isso é muito triste, sim. Mas também não pode servir para acreditarmos que o mundo está perdido e as pessoas não têm mais jeito. Podemos e devemos ser melhores do que isso”. Ana P. 33 anos, professora

 

“Por muito tempo ouvi que por ser branca deveria ter cabelo liso, combinaria mais”. Adriana R, 23 anos, estudante de relações internacionais.

 

 

Cada uma dessas mulheres passou por experiências relacionadas a discriminação. E mesmo que não diretamente entraram em contato com as tensões raciais que permeiam o padrão dominante de beleza.

Resolvemos colocá-los aqui porque nos solidarizamos a estes depoimentos e repudiamos todas as formas de preconceito.

Nossas cacheadas e crespas merecem respeito, apreço e admiração!